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HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DA OBRA FAMILIAR

FUNDAÇÃO DA OBRA FAMILIAR - 16 DE JULHO DE 1942(DACHAU)  E CARTA DE 1948 (STA MARIA NO BRASIL)

A OBRA FAMILIAR FUNDADA PELO PADRE KENTENICH EM DACHAU

A Obra de Famílias de Schoenstatt foi fundada pelo Padre José Kentenich em 16 de julho de 1942. Ela surgiu no campo de concentração de Dachau quando encarregou o Padre Eise dessa Missão  Com a morte do Padre Eise em Dchau, a 3 de Setembro de 1942, a Obra continuou com a consagração do Dr. Friedrich Kühr como noviço do Instituto de Famílias de Schoenstatt. Esse ato foi realizado clandestinamente na prisão, no bloco 14, sala 3. 
Damos graças ao Pai Fundador por ter sido instrumento de Deus para as famílias através de Maria e por todo o caminho feito até hoje e seguimos juntos com o Pai Fundador na força da Missão da Aliança de Amor.

PASSOS SEGUINTES

Transcorre o ano de 1948, Pe. José Kentenich está no Brasil, em Santa Maria/RS, e acaba de participar da inauguração do Santuário Tabor.
Na Alemanha, acontece uma grande jornada das famílias (jornada na festa de Pentecostes), na qual ele não pode estar presente e por isso, escreve uma carta, que se tornou o Documento de Fundação da Obra das Famílias de Schoenstatt.

Para quem e por que o Pe. Kentenich escreve essa carta?

No ano 1945, o Padre Kentenich nomeou o Padre Johannes Tick, sacerdote de Schoenstatt, para organizar e aprimorar toda a Obra das Famílias, a partir da Liga, União e Instituto. Padre Tick substituiu nessa função o Padre Eise, falecido em Dachau em 3 de setembro de 1942.
Era costume, as famílias se reunirem em Schoenstatt para uma jornada na festa de Pentecostes.

15 de abril de 1948

Memorial da Carta de Santa Maria no Santuãrio Tabor (Sta Maria Brasil)
memorial santuario Tabor da carta santa-maria
Nesta data, estando em Santa Maria/RS para a a inauguração do Santuãrio Tabor, o Padre Kentenich enviou uma mensagem endereçada ao Pe. Tick para este evento.

Porque ela é considerada o Documento de Fundação da Obra das Famílias?

Ela é considerada Documento de Fundação da Obra das Famílias porque contém os elementos básicos e essenciais para a missão e santificação da família. O Padre Kentenich se refere a esta carta dizendo:

"A Carta de Santa Maria encerra basicamente os princípios de preparação e realização do ato de 16 de julho de 1942, em Dachau e apresenta aquilo que queria dizer a Fritz Kühr (co-fundador) com mais detalhes, se a situação tivesse permitido e o tempo não fosse limitado."

Qual a mensagem dessa carta para as famílias da atualidade?

O núcleo é: formar uma família à imagem da Sagrada Família de Nazaré. Sabemos dos desafios que vivemos, caracterizados pela desordem generalizada, mudança cultural, uma fé reduzida etc. Vivemos em meio a luzes e sombras. Não nos deixemos confundir: "a meta é formar um novo homem para uma nova sociedade".
O centro da Família de Nazaré é Cristo e é este Cristo que devemos espelhar. Uma família, na força da Aliança de Amor e unida a Cristo poderá tornar mais santa esta sociedade e ajudar na formação de famílias autenticamente cristãs.

O que há de promessas da Mãe de Deus nessa carta?

De acordo com o que nosso Pai Fundador escreveu, ele relaciona a festa de Pentecostes com a importância e dignidade da Obra das Famílias. Para modelar e aperfeiçoar uma nova sociedade humana e um novo tipo de homem, Nossa Senhora concentra necessariamente todo seu poder de graças na criação e multiplicação de sólidas famílias schoenstattianas. Ele intuiu também que, se criarmos ilhas santas de famílias schoenstattianas, Nossa Senhora cumprirá as promessas que fizera no Documento de Fundação. Nossa Mãe é a grande suplicante das graças do Espírito Santo para que a família conheça, ame e viva a nova tarefa de vida oferecida por Deus

O que há de exigência para a colaboração humana?

Que levemos a imagem da Mãe de Deus para nossa casa e lhe demos um lugar de honra. Assim elas se transformarão em pequenos santuários. A exigência para nós é que sejamos "ilhas santas de famílias schoenstattianas", unidas numa obra comum de famílias que busquemos forças para cumprir a moral familiar da Igreja. O caminho é a elaboração de uma ascese e pedagogia familiar próprias, para ser um reservatório para a renovação permanente dos demais ramos do Movimento.

Nosso Pai Fundador sempre respeitou a vida e a liberdade, porém, nos deixou princípios. Em nosso estilo de vida é que poderemos encontrar o caminho para aplicar esta ascese e pedagogia schoenstattiana. Por isso, precisamos ver quais são os valores que queremos garantir em nossas famílias, através de usos e costumes comprovados.

Confiamos que as graças deste jubileu nos tragam sempre mais forças e esperança para podermos ajudar a Mãe de Deus a salvar a família e a sociedade, através de nossa ação missionária.

Concluindo

Na Carta de Santa Maria, Pe. Kentenich traça o perfil daquilo que o Espírito Santo lhe revela sobre a Obra das Famílias de Schoenstatt, sua missão e apresenta os meios para que isso se realize. Para que cada família se torne, no meio do mundo, ilha que irradia o divino, semelhante a Família de Nazaré, é preciso que se una em torno da Mãe de Deus. Ela conduzirá cada um ao amor heróico a Cristo.

Quando descreve a família como ilha, de modo algum, Pe. Kentenich quer indicar a um grupo isolado de outros grupos. Mas, a uma comunidade sólida, que não se deixa abalar pelo mar agitado da realidade que a cerca.

Quis a Providência Divina que um documento de tal envergadura para toda a Obra, fosse escrita no Brasil. Com isso, certamente, Deus quer demonstrar a cada família brasileira o quanto a ama e o quanto acredita em sua missão. Levemos a imagem da MTA para nossos lares e reunamos nossos familiares em torno a ela!

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